Saúde Intestinal no Processo de Envelhecimento - Nutro Educação

ÁREA DO ALUNO

Data

24 de Agosto

Horário

8h às 14h

Carga Horária

de 6 horas

Aulas síncronas

Online e ao vivo

Conteúdo disponível

por 30 dias

Durante o processo de envelhecimento, alterações cumulativas na mucosa, na composição microbiana e no metabolismo entérico remodelam a dinâmica do eixo intestino–sistema imune–neuroendócrino.

Para o médico nutrólogo e clinicos, de forma geral, dominar essa interface é decisivo: ao otimizar a função de barreira, a biodisponibilidade de nutrientes e a produção de metabólitos microbianos benéficos, ele impacta positivamente o prognóstico de praticamente qualquer enfermidade. De cardiologia a neurologia, passando por oncologia e endocrinologia, todas as especialidades se beneficiam quando o metabolismo intestinal é restaurado, ensejando melhora das comorbidades, qualidade de vida e a desejada longevidade saudável.

Curso de Capacitação da Abran de Saúde Intestinal no Processo de Envelhecimento – Bases Nutrológicas para o Manejo Clínico

Dias

Horas

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Segundos

Programação Científica

Módulo 1 – Fundamentos de Ecologia Intestinal

Microbiota × microbioma – Compreender a distinção entre comunidade microbiana residente e o conjunto de seus genes e metabólitos é crucial para interpretar dados ômicos, correlacionar perfis funcionais a desfechos clínicos e selecionar intervenções que não se baseiem apenas em contagem de espécies, mas também em capacidade metabólica.
Expossoma – Mapear os domínios ambientais, dietéticos, farmacológicos e psicoemocionais que incidem sobre o hospedeiro permite contextualizar oscilações microbianas ao longo da vida e ajustar estratégias preventivas ou terapêuticas de modo realmente personalizado.
Barreira epitelial – Avaliar a integridade de mucina, junções apertadas e respostas imunes locais fornece o referencial para decidir quando priorizar reparo de barreira antes de qualquer modulação microbiana, reduzindo risco de translocação e inflamação sistêmica.

Módulo 2 – Gerontomicrobiologia: Alterações no Envelhecimento

Senescência enterocitária, queda de IgA e translocação – Identificar o declínio imunológico e estrutural do epitélio permite antecipar vulnerabilidades a patógenos oportunistas e orientar suplementação ou terapias que reforcem imunidade mucosal.
Desvios metabólicos – Monitorar a redução de ácidos graxos de cadeia curta e o acúmulo de compostos nitrogenados ou óxidos promove intervenções que restauram vias energéticas favoráveis e mitigam toxicidade metabólica.
Inflammaging e sarcopenia intestinal – Entender esse estado inflamatório crônico de baixo grau é decisivo para adotar medidas que previnam perda de massa magra e declínio funcional, elementos centrais para longevidade saudável.
Alterações digestivas e anatômicas – Reconhecer hipocloridria, motilidade lenta, afinamento mucoso e menor área absortiva direciona ajustes dietéticos e farmacológicos que compensem déficits digestórios e de absorção típicos da senescência.

Módulo 3 – Estroboloma e Metabolismo de Estrogênios

Definição e composição do estroboloma – Delimitar o conjunto de microrganismos capazes de modular estrogênios possibilita prever impactos endócrinos sistêmicos e elaborar estratégias de suporte hormonal via microbiota.
β-Glucuronidase microbiana e recirculação – Quantificar essa atividade enzimática é fundamental para avaliar a fração de esteroides que retorna à circulação, influenciando saúde óssea, metabólica e reprodutiva.
Repercussões clínicas – Relacionar o estado do estroboloma a condições dependentes de estrogênios reforça a necessidade de vigilância microbiológica no manejo de patologias hormonossensíveis.
Modulação por hábitos e fármacos – Entender como dieta e exposições farmacológicas alteram o estroboloma guia recomendações que mantêm equilíbrio hormonal e reduzem riscos crônicos.

Módulo 4 – Eixo Intestino–Cérebro

Comunicação neural e imunoendócrina – Caracterizar as vias de sinalização bidirecional demonstra como estados microbianos afetam funções neurocognitivas e emocionais, fundamentando intervenções psicobióticas.
Disbiose, barreira hematoencefálica e funções mentais – Avaliar a permeabilidade e a composição bacteriana ajuda a antecipar repercussões sobre memória, humor e neuroinflamação, orientando terapias preventivas.
Metabólitos neuroativos – Reconhecer moléculas microbianas capazes de modular neurotrofinas e neurotransmissores embasa a escolha de cepas ou substratos com efeito psiconeuroimunológico benéfico.

Módulo 5 – Terapias Microbiológicas

Probióticos – Selecionar linhagens com evidência clínica robusta maximiza eficácia, minimiza riscos e permite traçar protocolos de dose e duração alinhados a metas específicas.
Prebióticos & polifenóis – Personalizar o “meio de cultura” intestinal sustenta populações benéficas e gera metabólitos funcionais que promovem homeostase metabólica e imunológica.
Posbióticos – Utilizar metabólitos ou estruturas celulares inativadas oferece benefícios semelhantes aos probióticos com maior segurança em cenários de imunocomprometimento.
Transplante de Microbiota Fecal (FMT) – Conhecer critérios de doador, preparação e vias de administração assegura aplicação ética e eficaz da técnica em distúrbios refratários ligados à disbiose grave.

Módulo 6 – Eixo Intestino–Fígado

Arquitetura porta-hepática – Compreender o trajeto portal esclarece como compostos luminais chegam ao fígado, influenciando decisões terapêuticas que visam reduzir sobrecarga microbiana e inflamatória.
Metabolismo de ácidos biliares – Acompanhar a síntese, conjugação e sinalização de ácidos biliares revela alvos para moduladores que impactam colesterol, glicose e inflamação hepática.
Microbiota em hepatopatias – Relacionar perfis microbianos a esteatose, fibrose e encefalopatia hepática fundamenta intervenções que retardam progressão de doença.
Metabólitos microbiológicos e inflamação – Identificar toxinas e lipopolissacarídeos circulantes justifica estratégias de barreira ou neutralização para proteger o parênquima hepático.
Intervenções nutrológicas – Integrar fibras, simbióticos e moduladores de bile valida abordagens não farmacológicas que melhoram parâmetros hepáticos e metabólicos.

Módulo 7 – Coprologia Funcional Aplicada

Avaliação macroscópica – Observar forma, cor e componentes visíveis do material fecal fornece indícios iniciais sobre motilidade, secreção biliar e integridade mucosa.
Microscopia – Analisar resíduos alimentares, cristais e células descamadas refina a detecção de má digestão, inflamação e desequilíbrio bacteriano.
Painel bioquímico – Medir pH, gordura, marcadores de permeabilidade e inflamação possibilita quantificar disfunções digestivas e de barreira com precisão.
Cultura/qPCR microbiológica – Quantificar e identificar microrganismos-chave sustenta diagnósticos diferenciais e monitoramento de intervenções.
Parasitologia de triagem – Excluir infecções parasitárias garante que condutas microbiológicas ou nutricionais sejam conduzidas sobre um substrato livre de patógenos confusores.

Programação Completa

Início	Término	Conteúdo	Professor
08:00	08:50	Aula 01: Introdução, história, regulamentação e portarias sobre cirurgia bariátrica.	Fernando Bahdur Chueire
08:50	09:00	Perguntas e Respostas.
09:00	09:50	Aula 02: Seguimento nutrológico do paciente no pré e pós-operatório.	Fernando Bahdur Chueire
09:50	10:00	Perguntas e Respostas.
10:00	10:50	Aula 03: Quando e para quem indicar terapia parenteral em PO de cirurgia bariátrica - aplicação prática com evidências.	Sandra Fernandes
10:50	11:00	Perguntas e Respostas.
11:00	11:50	Aula 04: Gestação pós cirurgia bariátrica - com discussão de caso.	Sandra Fernandes
11:50	12:00	Perguntas e Respostas.
12:00	12:50	Aula 05: Prevenindo e tratando a osteopenia e osteoporose pós bariátrica.	Fernando Bahdur Chueire
12:50	13:00	Perguntas e Respostas.
13:00	13:50	Aula 06: Potencializar os resultados da bariátrica com análogos do GLP-1 e novas medicações — ou será o fim da bariátrica?	Sandra Fernandes
13:50	14:00	Perguntas, Respostas e Comentários Finais.